sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

UIT destaca Brasil em terceiro lugar no ranking mundial de acessos móveis

De acordo com o órgão, o país só perdeu para China e Índia em adições líqüidas
Estudo da UIT (União Internacional de Telecomunicações) destacou o Brasil em terceiro lugar no cenário mundial de telefonia móvel celular entre os países que mais habilitaram novos assinantes do serviço. Com quase 123 milhões de aparelhos celulares em uso no país, o Brasil só perde para a China e Índia. O governo agora aposta na ampliação da cobertura e na redução de preços das tarifas.
Com a venda das freqüências de terceira geração (3G), as operadoras vencedoras do leilão se comprometeram a levar o serviço de telefonia móvel às 1.836 cidades que ainda não contavam com nenhum tipo de cobertura. Segundo o Minicom, estima-se que 17 milhões de pessoas sejam beneficiadas nos próximos dois anos.
De acordo com dados da Anatel, só em janeiro deste ano, houve a entrada de 1,88 milhão de novos assinantes na telefonia móvel, sinalizando assim, o potencial de crescimento desta tecnologia.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Entenda as novas regras da telefonia celular no Brasil

Punição para as operadoras que cobrarem valores a mais dos usuários será maior.Empresas terão 24 horas para cancelar o serviço após o pedido do usuário.

O uso da telefonia celular terá novas regras, que entraram em vigor nesta terça-feira (13). O objetivo das mudanças é adequar o atendimento das operadoras de telefonia ao Código de Defesa do Consumidor e reduzir o número de reclamações do setor.

Com as mudanças fixadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os clientes terão mais facilidade para cancelar a linha do celular, maior proteção contra cobranças indevidas e mais prazo para usar créditos em aparelhos pré-pagos.
Apesar de as mudanças ampliarem os direitos dos consumidores, o Procon diz que o usuário deve prestar atenção ao serviço das operadoras - uma vez que a maioria das reclamações atualmente não são das regras em si, mas do fato de elas não serem cumpridas. “O novo regulamento corrige várias distorções. Resta saber se as empresas vão cumprir essas regras”, diz Selma do Amaral, do Procon-SP.

Cancelamento da linha
Atualmente, uma das principais reclamações dos usuários de telefones celulares é a dificuldade em cancelar uma linha. Pelas novas regras, as empresas terão 24 horas para cancelar o serviço após o pedido do usuário, o que poderá ser feito em qualquer loja autorizada, e não apenas pelo atendimento telefônico.Aumentou também a punição para as operadoras que cobrarem valores a mais dos usuários. Essa é a principal reclamação registrada em 2007 pelo Procon de São Paulo. Agora, o dinheiro terá de ser devolvido em dobro, com juros e correção monetária, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor.

Outras mudanças, no entanto, vão ficar para mais tarde. É o caso da portabilidade, que permite ao cliente trocar de plano e operadora sem perder o número do telefone. Nesse caso, o benefício só estará disponível para os consumidores a partir de agosto deste ano (nas maiores cidades, somente em março de 2009). As empresas também terão um prazo mais longo para melhorar o atendimento pessoal ao usuário, o que só deve se tornar realidade a partir de 2010.
Pré-pago
Segundo dados da Anatel, o país tem hoje mais de 120 milhões de celulares, a maioria (81%) pré-pago. Por isso, haverá mudanças específicas para esses usuários. As operadoras serão obrigadas a oferecer créditos pré-pagos com validade de até 180 dias. Hoje, elas oferecem no máximo 90 dias. Além disso, as empresas terão de revalidar os créditos antigos toda vez em que o celular for recarregado. Quem ficar sem créditos, poderá continuar recebendo chamadas de outros telefones ou realizar ligações a cobrar por um prazo de 30 dias. Depois desse prazo, todos os serviços serão bloqueados, com exceção das ligações gratuitas de emergência (polícia e bombeiro, por exemplo). Somente depois de mais 30 dias o cliente poderá perder o número do telefone, mas terá de ser comunicado com antecedência pela operadora.

Pagamento da conta
Para os clientes de telefones pós-pagos, haverá aumento nos prazos para contagem da inadimplência. O usuário ficará impedido de realizar chamadas 15 dias após o vencimento. Após 45 dias, também deixa de receber chamadas. Depois de 90 dias, a operadora poderá rescindir o contrato. Depois disso, a empresa terá de notificar o consumidor e esperar mais 15 dias antes de encaminhar o nome do devedor ao serviço de proteção ao crédito. A prestadora também só poderá cobrar chamadas realizadas há mais de 60 dias após negociação com o usuário. O prazo anterior era 90 dias. O cliente do pós-pago também poderá solicitar, a cada seis meses, uma simulação para comparar o seu plano com os outros oferecidos pela operadora. A comparação será feita com base nas ligações feitas nos últimos três meses. Dessa forma, ele poderá saber se escolheu o melhor plano para suas necessidades.

Reclamações
Apesar das mudanças, o Procon de São Paulo diz que é preciso melhorar também a informação ao cliente, pois a maioria dos problemas começa na hora da venda do aparelho. “Na loja, a venda é toda focada no aparelho, e não no plano de serviço. Às vezes, o consumidor é levado a adquirir um plano com benefícios que ele nem vai utilizar”, diz Selma do Amaral, do Procon-SP. A Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel) informou que “as operadoras celulares vêm trabalhando incansavelmente, desde agosto passado, para concluir todas as alterações necessárias para o atendimento às novas regras”. “Para que essas mudanças estejam plenamente implementadas têm sido necessárias complexas alterações em processos e sistemas de TI, automação e redes, aquisição e implantação de novos equipamentos e capacitação de pessoal para operá-los”.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Telefonia móvel deve ultrapassar 50% de penetração mundial em 2008

UIT destaca a participação de Brasil, Rússia, Índia e China para o crescimento do indicador
A taxa de penetração global da telefonia celular deve ultrapassar 50% ainda neste começo de 2008, segundo projeções da União Internacional de Telecomunicações (UIT). O órgão destaca a participação de quatro países que fortemente têm contribuído para o crescimento do indicador: Brasil, Rússia, Índia e China. “Estes países responderam por quase 1 bilhão de assinantes em 2007, ou perto de um terço do total mundial”, informa a UIT. Somado aos assinantes dos Estados Unidos, Japão e Indonésia, o total dos sete países alcança a metade de todos os usuários de telefonia celular do mundo.
Os dados da UIT mostram que o número de assinantes móveis ultrapassou a marca de 3 bilhões em agosto do ano passado. Desde 2000, a taxa de crescimento mundial do serviço tem ficado entre 20% e 30%. Naquele ano, a taxa global de penetração era de apenas 12%. A UIT destaca que em muitos países em desenvolvimento, como na África, os serviços móveis têm sido essenciais para ampliar o acesso às telecomunicações, dada a limitação na oferta das linhas fixas.
A UIT ressalva que a taxa de penetração de 50% não necessariamente significa que uma a cada duas pessoas tem um celular, pois um mesmo usuários, às vezes, tem mais de uma linha. O método de contabilidade das operadoras também é destacado pela UIT, que ressalva o hábito que as empresas têm de inflar a base de assinantes pré-pagos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Claro considera que decisão da Anatel prevê desvinculação de ativos da TIM e Vivo

João Cox, presidente, entende que o prazo de seis meses dados pela Anatel é para que se solucione o conflito.
O presidente da Claro, João Cox, disse hoje que entende que o prazo de seis meses dado pela Anatel para a implantação de medidas para evitar o controle da Vivo sobre a TIM no mercado brasileiro resulta, no final do tempo, em uma desvinculação de ativos. "Em alguns meses eles terão de achar uma solução", disse o executivo. Ele lembrou que existem três itens na resolução 101 que envolvem o caso Telefônica e TIM. No entanto, ele acredita que a consolidação em um mercado tão competitivo como o brasileiro pode acontecer, "mas respeitando as regras".
Ao aprovar o pedido de anuência prévia da entrada da Telefónica no capital da Telecom Italia, que teria reflexo no Brasil já que a Telefónica é sócia da Vivo e o grupo italiano controla a TIM, a Anatel impõs 28 medidas para evitar o controle do grupo espanhol sobre a TIM. Apesar de a agência não estabelecer, claramente, que ao final desse prazo haverá desvinculação de ativos, esse entendimento já foi levantado anteriormente pelo presidente da Oi, Eduardo Falco, no final do ano passado. Ele chegou a defender que a agência deixou isso claro no seu parecer, mas antes de iniciar as negociações para a compra de participação no capital da Brasil Telecom.
Segundo Cox, a 101 impede que haja controladores do mesmo grupo no capital de duas empresas na mesma área de competição. " Para definir o controle, está lá que não pode haver mais de 10% de participação. A Telefónica não tem mais de 10% no controle da Telecom Italia?", questionou. Além disso, ressaltou, ainda há a determinação de que é considerado controlador quando a empresa tem a habilidade para eleger um conselheiro. "Isso aconteceu?", voltou a perguntar. A Telefónica nomeou dois conselheiros para o board da Telecom Italia, entre os quais seu presidente, César Alierta.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Fusão Oi/BrT cria empresa com maior capilaridade e pronta para SP, prevê consultoria.

Para Frost & Sullivan empresa poderá se tornar mais agressiva a partir da implantação da portabilidade.
A portabilidade deverá ser de grande importância para que a empresa que venha a ser criada com a possível fusão da Oi e da Brasil Telecom avance em outros mercados. Essa nova ferramente poderá beneficiá-la na entrada no mercado de São Paulo tanto para a telefonia fixa quanto para a móvel. No mundo corporativo, a empresa já possui importantes instrumentos para acirrar a competição no estado, como as infra-estruturas de ambas como Pégasus, Metrorede e Vant. A análise é da consultoria Frost & Sullivan sobre o impacto no mercado brasileiro caso se concretize a formação de uma nova operadora a partir da fusão das duas concessionárias.
Para a consultoria, a fusão favorece o surgimento de uma empresa com a maior capilaridade no mercado brasileiro, com um extenso backbone , que além de lhe garantir maior acesso ao usuário final também lhe dará maior capacidade de transmissão. Pela análise da Frost &Sullivan, na telefonia fixa tradicional será uma empresa poderosa, com mais de 21 milhões de assinantes, o que pressionária, inicialmente, os pequenos competidores. Para a empresa, uma possível ameaça à Telefônica só deverá ocorrer com a portabilidade, prevista para o segundo semestre.
Na telefonia móvel, terá uma abrangência nacional com as licenças de 3G adquiridas pela Oi para o estado de São Paulo. Mas, juntas, Oi e BrT só terão 16,5% de market share e só ameaçarão as líderes no médio prazo. Mais uma vez seria a portabilidade numérica um grande instrumento de apoio para que isso acontecesse. Na opinião da consultoria, os clientes da BrT móvel serão os mais beneficiados com a fusão pois haveria mais ganho de escala na compra de handsets, o que poderá resultar em promoçoes de aparelhos e também tarifas. Além disso, a política agressiva da Oi de venda de chips desbloqueados poderá se estender para sua área de atuação.
No mercado corporativo, a Oi que tem se posicionado mais próxima ao usuário residencial poderá se beneficiar do grande número de contratos governamentais da BrT. Juntas, poderaõ responder por 40% desse segmento. No mercado de banda larga se tornará líder, com 3 milhões de assinantes, e com a implementação ainda da 3G e do WiMAX deverá forçar a Telefônica a ter uma atuação mais próxima da Vivo, mesmo que somente por acordos comerciais.

Telecom Italia rebate hipótese de fusão entre TIM e Vivo

Para controladora da TIM não há fundamento nos rumores de união das duas celulares
A Telecom Italia divulgou um comunicado hoje, no final da tarde, onde diz que não há qualquer fundamento nas notícias veiculadas por jornais brasileiros de que o governo estaria estudando a fusão entre Vivo e TIM. No dia 17 os novos dirigentes do grupo italiano estiveram em Brasília, onde conversaram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros membros do governo, e ratificaram o interesse da companhia de investir no país de forma independente. Os rumores da fusão das celulares começaram a partir de uma declaração do ministro Hélio Costa de que para aprovar a fusão da Oi com a Brasil Telecom poderiam também ser atendidos outros pedidos dos grupos Telefónica e Telmex.
A Telefónica, junto com acionistas italianos, comprou participação na holding Olimpia que está presente no capital da Telecom Italia. A Anatel, para aprovar o acordo, impôs 28 restrições a fim de garantir uma atuação independente já que as duas detém mais da metade da base instalada de celulares no país. Além disso, a possível mudança ou eliminação do PGO (Plano Geral de Outorgas), para garantir a fusão da Oi e Brt, não atinge as operadoras celulares que não são concessionárias e estão sujeitas ao PGA (Plano Geral de Autorizações). Todas essas prováveis mudanças, por enquanto, dizem respeito às concessionárias fixas.
O presidente da TIM, Mario Cesar Araujo, em coletiva de imprensa realizada esta semana, reforçou que o board da Telecom Italia saiu satisfeito com as promessas recebidas do governo brasileiro de que não haveria regras diferenciadas para investimentos nacionais e estrangeiros e seria mantida a isonomia competitiva. Ele chegou a sugerir que, como contrapartida das negociações para Oi e BrT fosse colocada a efetivação do unbundling no país. A TIM possui licença de STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) e, por enquanto, tem oferecido serviço de telefonia fixa pela sua rede celular. Nos seus planos de expansão está a possibilidade de usar a rede fixa, por meio do unbundling, para também chegar até a casa do usuário. A TIM não comenta as matérias sobre a possível fusão com a Vivo por ser um assunto que envolve sua controladora. Araujo tem dito que a recomendação dos acionistas é de continuar competindo e atuando de forma independente